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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Hubble regista gigantesco choque de galáxias




A foto mostra o objeto ARP 194, um conjunto triplo de galáxias onde se tem a impressão de que as estrelas estão "a escorrer" através de um fluxo azul, visto no centro da foto. Na realidade, o fluxo observado é o braço de uma das galáxias, repleto de centenas de estrelas que acabaram de nascer e foi criado pela interacção da gigantesca força gravitacional entre as duas galáxias vistas no topo da imagem.

Os núcleos das duas galáxias que se estão a fundir pode ser visto no canto superior direito da composição. O bizarro fluxo azul, uma espécie de ponte cósmica, parece conectar-se à galáxia inferior, mas na realidade não passa de uma ilusão de óptica. A galáxia inferior não está no mesmo plano das duas que se fundem, mas muito atrás delas, não existindo nenhum contacto físico entre os objectos.

O berçário azul de estrelas é sem dúvida o que mais chama a atenção na imagem. Contém enormes aglomerados estelares que por sua vez podem conter outras dezenas de jovens aglomerados. Ali, as forças gravitacionais envolvidas podem aumentar a taxa da criação estelar, dando origem às brilhantes estrelas que se formam em galáxias em fusão.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sondas procuram "Theia" para resolver enigma da Lua

A agência espacial americana, Nasa, informou que as sondas gémeas STEREO entraram em duas regiões misteriosas do espaço e tentam agora localizar o que restou de um antigo planeta que pode ter orbitado o Sol próximo à Terra. Se encontrar alguma coisa, os cientistas poderão resolver um dos maiores quebra-cabeças da astronomia: a origem da Lua.



"O nome do planeta é Theia", disse Mike Kaiser, cientista do projecto STEREO ligado ao Centro Espacial Goddard, da Nasa. "É um mundo hipotético, que nunca foi visto, mas alguns pesquisadores acreditam que existiu há 4.5 biliões de anos e pode ter chocado com a Terra, formando a Lua".

A "Hipótese de Theia" é uma ideia proposta pelos teóricos Edward Belbruno e Richard Gott, da universidade de Princeton e começa com a popular teoria de impacto para provar a origem da Lua. Muitos astrónomos acreditam que no início da formação do Sistema Solar, um protoplaneta do tamanho de Marte tenha chocado com a Terra. O material resultante da colisão, uma mistura de ambos os corpos, foi lançado para fora da órbita da Terra aglutinando-se, dando origem ao nosso satélite. Esse cenário explica muitos aspectos da geologia lunar, incluindo o tamanho e densidade do núcleo e a composição isotópica das rochas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Telescópio Chandra regista um dos mais poderosos objectos da Galáxia

Quando se fala em galáxias, estrelas e universo, a primeira coisa que impressiona são os números verdadeiramente astronómicos relacionados a eles. São valores tão grandes que até para medi-los é necessário o uso de uma unidade também gigantesca, chamada ano-luz, equivalente a mais de 9 triliões de quilómetros. Algumas vezes, no entanto, deparamo-nos com objectos bastante pequenos, mas de energia tão intensa que fica difícil compará-los a algo conhecido aqui na Terra.



Um desses objectos é um pulsar de aproximadamente 1700 anos de idade localizado a 17 mil anos-luz da Terra. O objecto é realmente pequeno, com menos de 20 quilómetros de diâmetro, mas apesar das suas pequenas dimensões é responsável por uma gigantesca nebulosa de raios-x que se expande por mais de 150 anos-luz desde seu centro.

O pulsar em questão, conhecido como PSR B1509-58, é uma estrela de neutrões que tem rotação em velocidade muito alta, jorrando enormes feixes de energia ao redor do espaço, criando complexas e intrigantes estruturas. Na imagem mostrada, captada pelo telescópio espacial Chandra, os raios-x de menor energia são vistos em vermelho, enquanto os de média energia são destacados em verde e os mais energéticos em azul.

Uma estrela de neutrões é o que resta quando uma estrela de grande massa esgota seu combustível nuclear e desmorona, produzindo um núcleo muito pequeno e altamente denso. No caso de B1509, o seu período de rotação é de 7 revoluções por segundo, lançando energia ao seu redor a uma taxa realmente impressionante, provavelmente devido ao intenso campo magnético de sua superfície estimado em nada menos que 15 triliões de vezes o campo magnético da Terra.

A combinação da rápida rotação e do campo magnético ultra-intenso faz de B1509 um dos mais poderosos geradores electromagnéticos da Galáxia. Esse gerador produz um intenso vento energético de íões e electrões que se propaga pela nebulosa, ionizando o gás ao redor e produzindo a bela imagem no espectro dos raios-x, captada pelo telescópio espacial.

quinta-feira, 26 de março de 2009

As 10 melhores imagens captadas pelo telescópio Hubble

Desde que foi lançado ao espaço, em Abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble, ou HST, tem proporcionado aos cientistas e ao público em geral as mais belas imagens até hoje feitas do nosso Universo.
Apesar de não ser o primeiro ou o único telescópio em órbita da Terra, o Hubble é um dos maiores, mais versátil e sua contribuição aos estudos dos astrónomos tem sido vital desde que foi posto no espaço, permitindo um número incalculável de novas descobertas.

Deste modo foram escolhidas as 10 mais belas e importantes imagens captadas pelo Hubble desde que este foi construído.
Aqui estão elas ilustradas e explicadas pelo seu valor científico:

Galáxia Espiral NGC 628
Uma das mais belas imagens captadas pelo telescópio Hubble é sem dúvida a da galáxia em espiral NGC 628, também conhecida como M74.

Descoberta em 1780 pelo astrónomo Pierre Méchain, M74 está localizada a 32 milhões de anos-luz na direcção da constelação de Peixes e é formada por aproximadamente 100 bilhões de estrelas, sendo ligeiramente menor que a Via Láctea.
Em Março de 2005, cientistas anunciaram a existência de um possível buraco negro de massa 10 mil vezes maior que nosso Sol em seu interior. Apesar de existirem diversas imagens dessa galáxia, a cena captada pelo Hubble é uma das mais belas e detalhadas.


O Bale Celestial ARP 87
Registada pelo telescópio Hubble em Fevereiro de 2007, a cena ao lado mostra uma intrincada e maravilhosa coreografia espacial executada pelo par de galáxias ARP 87, distantes a mais de 300 milhões de anos-luz, na constelação de Leão.

Estrelas, gás e poeira proveniente da grande galáxia espiral NGC 3808, à direita, parecem formar um gigantesco braço celestial que envolve por completo sua companheira menor, NGC 3808A, à esquerda. A colossal força gravitacional envolvida é nítida e distorce até mesmo o típico formato das galáxias.

A partir das imagens feitas pelo Hubble, os cientistas descobriram que ARP 87 contém um número maior de clusters de super estrelas - regiões mais compactas e ricas em estrela jovens - do que os encontrados em nossas galáxias vizinhas.


Cicatrizes do cometa Shoemaker-Levy em Júpiter
Entre os dias 16 e 22 de Julho de 1994, mais de 20 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 colidiram com o planeta Júpiter. O violento impacto foi acompanhado por centenas de observadores ao redor do mundo e diversas imagens foram registadas, tanto por astrónomos amadores como profissionais, mas nenhuma se compara a esta, feita pelo telescópio Hubble.

A imagem apresenta nitidez impressionante e revela as enormes cicatrizes deixadas pelos impactos do cometa sobre o hemisfério sul do gigante gasoso. Os impactos resultaram em diversas cicatrizes negras na atmosfera joviana, além de elevarem colunas de gás a milhares de quilómetros de altitude e formarem bolhas de gás de centenas de graus Célsius.

Estima-se que os fragmentos tinham aproximadamente 2 quilómetros de diâmetro e atingiram o planeta a 60 km/s.

Berçário de Estrelas NGC 604
Provavelmente uma das mais belas imagens espaciais, NGC 604 é uma nebulosa de grandes dimensões, repleta de estrelas em formação. Medindo aproximadamente 1500 anos-luz de comprimento, NGC 604 é uma verdadeira maternidade de estrelas, cem vezes maior que a nebulosa de Órion M42.

Descoberta em 1784 por William Herschel, a nebulosa abriga em seu interior mais de 300 estrelas quentes com massa 15 a 60 vezes maiores que nosso Sol e se localiza a 2.7 milhões de anos-luz da Terra, na borda da galáxia espiral M33, direcção da constelação do Triângulo.

A cena apresentada foi registada em Janeiro de 1995 através da Câmara Planetária de Campo Largo. Foram realizadas diversas exposições em diversos comprimentos de onda, com o propósito de estudar as propriedades dos gases ionizados que atingem mais de 10 mil graus Célsius. O estudo dessas imagens permitiu aos cientistas esclarecerem os diversos pontos referentes à formação e evolução do meio interestelar.


Saturno e seus anéis maravilhosos
Quem olha o planeta Saturno pela primeira vez ao telescópio, facilmente se encanta. Saturno se parece com uma delicada miniatura planetária, com pequenos anéis que mais parecem uma pequena jóia feita por um artista. Mas ao olharmos a foto feita pelo telescópio espacial Hubble o belo planeta gasoso deixa de ser uma miniatura admirável para se tornar um gigante imponente.

Saturno é o sexto planeta do Sistema Solar e o segundo maior em tamanho. Seu gigantesco sistema de anéis tem aproximadamente 274 mil quilómetros de diâmetro, mas sua espessura não passa de 1.5 quilómetro.•
A cena captada pelo telescópio Hubble é uma das mais belas já feitas dos planetas do Sistema Solar e a riqueza de detalhes dá a impressão de que a cena não é apenas uma foto, mas uma pintura feita para admirar.


Eco de Luz de V838 Monocerotis
V838 Monocerotis é uma gigantesca estrela variável localizada a mais de 20 mil anos-luz da Terra na constelação do Unicórnio, ou Monoceros. Em Outubro de 2002 os cientistas testemunharam um forte e repentino aumento em seu brilho, que transformou a estrela no objecto mais luminoso da Galáxia. Os eventos registados foram únicos, com surgimentos de intensos picos luminosos com velocidade de expansão incomum, seguido de súbitos apagões.

No início os pesquisadores pensaram que o aumento de brilho era o resultado de uma explosão comum de uma estrela em estado de super-nova, mas hoje praticamente todos concordam que o evento foi totalmente diferente, com algumas teorias apontando para a fusão de duas estrelas ou até mesmo que V838 Monocerotis tenha engolido os planetas gigantes que a orbitavam.

A imagem captada pelo telescópio espacial Hubble mostra com clareza os ecos da explosão. Na cena a luz é reflectida pela poeira estelar, emoldurada por espirais e redemoinhos provocados por poderosos campos magnéticos.

Pilar da Criação
Provavelmente essa seja a mais impressionante imagem captada pelo telescópio espacial Hubble. A cena retrata parte da Nebulosa da Águia, M16, e basta olhar para ela para entender porque recebeu o nome de Pilares da Criação. Um simples olhar é o suficiente para impressionar até mesmo os mais leigos.

A foto retrata gigantescas estruturas em forma de colunas formadas por hidrogénio interestelar e poeira, responsáveis pelo nascimento das novas estrelas do Universo.
Registados em 1995, os três pilares de poeira cósmica constituem a imagem mais emblemática captada pelo Telescópio Hubble, mas os pesquisadores acreditam que o ícone não exista mais. Uma violenta explosão de uma super-nova, ocorrido há 8 mil anos, emitiu uma poderosa onda de choque que provavelmente desmoronou os pilares. A violenta explosão chegou à Terra há 2 mil anos e possivelmente foi vista pelos habitantes daquela época como um forte clarão naquela região do céu.


Nebulosa do Caranguejo - Restos de uma explosão
Um dos objectos mais observados pelos astrónomos, amadores ou profissionais, é sem dúvida a Nebulosa do Caranguejo, formada dos restos de uma super-nova e localizada a 6500 anos-luz na constelação de Touro. A nebulosa foi observada pela primeira vez em 1731 pelo astrónomo John Bev e tem um diâmetro de 11 anos-luz, que se expande a 1500 quilómetros por segundo.

No centro da nebulosa se encontra o Pulsar do Caranguejo, uma pequena estrela rotatória de neutrões que emite feixes electromagnéticos a razão de 30.2 pulsos por segundo, que se propagam desde os raios gamma até o espectro de radiofrequência. Estima-se que seu diâmetro actual seja de apenas 30 quilómetros.
Foi a Pulsar do Caranguejo que explodiu e se transformou em uma super-nova. O evento foi observado por astrónomos árabes e chineses no ano de 1054, que relataram que o brilho era tão intenso que podia ser visto até mesmo durante o dia.


A maravilhosa Galáxia do Sombrero
Outro objecto muito "caçado" pelos observadores nocturnos é a famosa galáxia do Sombrero, aqui retratada em grande estilo pelo telescópio espacial Hubble. Olhando a imagem nem é necessário dizer por a galáxia recebeu esse nome.

Distante cerca de 30 milhões de anos-luz da Terra na direcção da constelação de Virgem, a galáxia do Sombrero, ou M104, é formado por um proeminente disco de partículas e gás e uma gigantesca e brilhante protuberância central.
Em 1990, utilizando imagens do Telescópio Hubble, um grupo de pesquisadores demonstrou que era impossível manter a velocidade de rotação das estrelas em sua área central, a menos que uma gigantesca massa 1 bilhão maior que o Sol estivesse presente em seu centro, concluindo então pela existência de um dos maiores buracos negros já descobertos.


Campo Ultra Profundo
A primeira vista a imagem ao lado se parece com uma montagem, onde se vê diversas galáxias, estrelas e objectos distantes. Mas a cena é bem mais que isso. Ela retrata uma pequena região na constelação Fornax e é a mais profunda imagem do Universo jamais visto no espectro visível. A cena contém aproximadamente 10 mil galáxias vistas em um espaço de apenas um décimo daquele ocupado pela Lua Cheia.

A cena levou quatro meses para ser feita, entre Setembro de 2003 e Janeiro de 2004, e mostra objectos localizados há mais de 13 bilhões de anos-luz. O objecto mais ténue registado na imagem tem menos de 4 bilionésimos do brilho que podemos ver com nossos olhos e representam as primeiras estrelas criadas no Universo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tempestades Solares


Este fenómeno que se repete num ciclo de onze anos é um comportamento habitual do sol na qual se dá a emissão contínua de partículas carregadas provenientes da coroa solar. Essas partículas podem ser electrões e protões, para além de sub-partículas como os neutrinos.

As partículas, ao entrarem no campo magnético da Terra, alteram o seu potencial eléctrico, podendo queimar estações de distribuição de luz eléctrica e danificar satélites provocar interrupções e interferências nas comunicações, nos serviços de abastecimento de electricidade, nos satélites e nos sistemas de navegação GPS.

O último ciclo que se iniciou terá o seu apogeu em finais de 2011 ou meados de 2012 e o número de manchas solares poderá oscilar entre as 90 e as 140.


Felizmente, Portugal não deverá ser afectado pelos próximos ventos solares. Os ventos ou tempestades solares não afectam, na maior parte dos casos, directamente Portugal, uma vez que o País, pela sua localização geográfica, está longe dos pólos magnéticos da superfície terrestre.
É sentido sobretudo nos Estados Unidos e no Canadá, podendo verificar-se também na Austrália e nos países nórdicos europeus.

quinta-feira, 12 de março de 2009

A missão Kepler


A missão Kepler, da NASA, foi lançada com sucesso a partir da Estação da Força Aérea Norte-americana de Cabo Canaveral, Flórida, a bordo de um foguetão Delta II da United Launch Alliance às 10:49 EST, no passado dia 6 de Março. A missão Kepler foi concebida para encontrar o primeiro planeta do tamanho da Terra orbitando estrelas distantes que possam ter água líquida na superfície do planeta. Esta pretensão é importante por se julgar que a água líquida é essencial para a formação da vida.
A missão Kepler vai ajudar a perceber se a nossa Terra é única, ou se existem outros planetas como ela lá longe.

Os engenheiros receberam um sinal do telescópio Kepler às 12:11 de sábado, depois de este se separar dos seus restos da terceira fase de separação do foguetão e ter entrado na sua órbita solar final, órbita que descreve viajando cerca de 1600 quilómetros atrás da Terra. Kepler agora tem o lugar perfeito para analisar mais de 100.000 estrelas em busca de sinais de planetas.
Os primeiros planetas a ser detectados pelo Kepler pensa-se que serão "Júpiteres quentes" - gigantes gasosos que orbitam próximo e rápido em torno das suas estrelas.Os telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA acompanharão estes planetas de modo a aprender mais sobre as suas atmosferas. Seguidamente serão detectados planetas com as dimensões de Neptuno, e seguidamente planetas rochosos com dimensões próximas das da Terra. Os verdadeiros análogos da Terra - planetas que orbitam estrelas como o nosso Sol a distâncias a que possam existir águas superficiais e, eventualmente, a vida - levarão pelo menos três anos para descobrir e confirmar. Telescópios terrestres também contribuirão para a missão de confirmar alguns dos que forem encontrados.

No final, o telescópio Kepler irá dar-nos o nosso primeiro olhar para a frequência do tamanho da Terra - nos planetas na nossa galáxia, assim como a frequência com que eles poderão teoricamente ser planetas habitáveis.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Telescópio Hubble regista violento duelo gravitacional entre galáxias

Utilizando imagens do telescópio espacial Hubble, cientistas da Nasa e da Esa registaram uma intensa demonstração de atracção entre três galáxias e que poderá levá-las a fundir-se numa unica e gigantesca entidade.




(Foto: No topo, o trio de galáxias NGC 7173, NGC 7176 e NCG 7174 em intenso jogo de forças. No final do "jogo" as estrelas da NGC 7174 ficarão completamente reagrupadas dentro de uma gigantesca "ilha universal", dez vezes maior que a Via Láctea. Credito: Hubble Sapce Telescope/Nasa/ESA.)


O fenómeno ocorre há 100 milhões de anos-luz na constelação de Peixes e foi registado pela Câmara Avançada de Pesquisa ACS (Advanced Camera for Surveys), a bordo telescópio espacial. A cena permitirá aos astrofísicos o estudo mais aprofundado da dinâmica da troca de gases entre os elementos.

O fenómeno envolve as galáxias elípticas NGC 7173, no centro à esquerda, NGC 7176, no lado inferior direito e a espiral NCG 7174, vista no centro à direita. Ambas compõem um grupo compacto de galáxias chamado Hickson 90, baptizado assim em homenagem ao astrónomo Paul Hickson, o primeiro astrónomo a catalogar essas pequenas galáxias na década de 1980.

NGC 7173 e NGC 7176 são galáxias elípticas, sem muito gás ou poeira, ao contrário de NGC 7174, uma galáxia em espiral que sofre grandes deformações pela violenta atracção das suas vizinhas. Esse intenso jogo de forças já provocou o afastamento de milhares de estrelas para longe das galáxias originais e agora encomtram-se espalhadas na forma de um elemento luminoso entre as galáxias.

Os astrónomos acreditam que no final do processo as estrelas da NGC 7174 ficarão completamente reagrupadas dentro de uma gigantesca "ilha universal", dez vezes maior que a Via Láctea. Segundo os cientistas a galáxia não conseguirá manter-se, uma vez que a intensa força gravitacional das vizinhas elípticas a transformará em pedaços.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Telescópio detecta a maior explosão já vista no Universo


Com auxílio do Telescópio Espacial Fermi, cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, registaram a maior explosão de raios gama já observada no Universo. Segundo o anúncio, divulgado pela revista Science, a explosão bateu todos os recordes de intensidade, energia e deslocamentos já registados.

Baptizada GRB 080916C e detectada no espectro dos raios gama, a explosão foi registada em Setembro de 2008 na constelação de Carina e de acordo com os dados colectados foi equivalente a 9 mil super novas em explosão ao mesmo tempo.

A detecção ocorreu através do instrumento LAT (Large Area Telescope), a bordo do telescópio espacial Fermi e foi registada durante 100 segundos após o seu surgimento em 16 de Setembro de 2008, à 00h12 UTC. Trinta e duas horas depois, a equipa liderada por Jochen Greiner, do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre, da Alemanha, captou o evento em sete diferentes comprimentos de onda, através do telescópio de 2.2 metros do Observatório de La Sila, no Chile.

As observações permitiram à equipa de Greiner concluir que a explosão ocorreu a 12.2 bilhões de anos-luz da Terra e produziu pulsos de raios gama 99.99% da velocidade da luz.

"Estávamos á espera desse momento", disse Peter Michelson, principal cientista da missão Fermi junto à Universidade Stanford. "Emissões explosivas nestes níveis de energia são muito pouco compreendidas, e o telescópio Fermi é uma das ferramentas que temos para compreendê-las".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estrelas engolidas por Buraco Negro



A agência espacial norte-americana, Nasa, divulgou no passado dia 6 uma imagem que retrata a poderosa intensidade do campo gravitacional de um buraco negro supermassivo. A cena retrata uma extensa faixa de poeira e gás deixada pela estrelas que foram capturadas pelo buraco negro.

A impressionante imagem mostra uma gigantesca esteira de raios-x, vista no lado superior esquerdo, que se expande por nada menos que 13 mil anos-luz desde o centro do buraco negro. Estimativas indicam que o brilhante material de poeira estelar se propaga no espaço com velocidade próxima de 150 mil quilômetros por segundo, equivalente a metade da velocidade da luz.

Na foto, as cenas de cor azul foram captadas pelo telescópio Chandra e mostram a região vista no comprimento de onda dos raios-x, enquanto as cenas de cor laranja foram registradas no espectro visível e infravermelho pelo telescópio APEX.

NGC 5128 Centaurus A
Centaurus A tem um tamanho estimado em 15 milhões de anos-luz de diâmetro e vista da Terra apresenta magnitude visual de 7.0, observável até mesmo com instrumentos de pequena potência.

O objeto é classificado oficialmente como uma "galáxia lenticular", uma galáxia com uma espécie de protuberância na região central e cercada por um disco estelar liso. Foi descoberta em 29 de Abril de 1826 por James Dunlop, mas apenas em 1952 os astrônomos confirmaram que Centaurus A era uma galáxia.

A galáxia recebeu o nome "Centaurus A" porque foi a primeira fonte de emissão de ondas de rádio descoberta na constelação nos anos de 1950 e é a "rádio-galáxia" mais próxima da Terra.

Observações feitas com radiotelescópios e telescópios infravermelhos indicam que há quinhentos milhões de anos NGC 5128 engoliu uma galáxia do tipo espiral e as emissões no espectro de radiofrequência são os efeitos desta colisão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Choque entre Satélites

No dia 10 de Fevereiro ocorreu algo de certo modo já esperado, dois satélites artificiais, um Norte-Americano e outro Russo colidiram violentamente no espaço.
A colisão deu-se a 790 quilómetros de altitude, sobre o nordeste da Sibéria e os destroços espalharam-se por uma área compreendida entre 500 e 1300 quilómetros de altitude.

Em 1991 e em 2005 existiram outras duas colisões, mas de proporções muito menores, pois envolviam apenas pequenos fragmentos isolados.
A poluição espacial tem vindo a aumentar, o que vai contribuir para que novos acidentes aconteçam. Antes do acidente existiam 18000 detritos espaciais e 24 horas depois do acidente foram contabilizados mais 600 novos detritos, número este que deverá ainda aumentar.
É de salientar que o telescópio Hubble encontra-se na área ocupada pelos detritos do acidente.

O lixo espacial é um problema crescente para todos os veículos em órbita, é importante termos consciência que a poluição espacial é tão importante que os outros tipos de poluição, temos de mudar as nossas mentalidades e procurar novas soluções para este problema que poderá vir a ser bastante prejudicial.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A música do Universo

Super-novas que gritam, estrelas percussionistas, buracos negros em si bemol… O universo está repleto de melodias!


As ondas sonoras não podem viajar no vácuo, mas o mesmo não acontece com as electromagnéticas, que inundam o universo e são captadas pelos cientistas com antenas de radioastronomia.
Quando esses sinais são traduzidos em ondas acústicas, podemos escutar os sons do cosmos.



Primeiras notas.



Ao traduzir para sons as flutuações do fundo cósmico de micro-ondas, remanescente da radiação do Big-Bang, obtém-se um ruído com um máximo de intensidade nos 220 Hz; um lá.


Dó de peito.


Mesmo antes de explodir, o núcleo de uma super nova moribunda vibra com tanta força que se criam, numa fracção de segundo, ondas acústicas de cerca de 260 Hz, o que corresponde a um dó médio.


O sole mio!




O sol canta. O campo magnético da sua coroa forma explosivos anéis de matéria quente. Esses caracóis gigantescos transmitem ondas de som como se fossem tubos de um órgão.



Grande Escala

Os buracos negros do grupo de galáxias de Perseu disparam jactos de gás que criam sons a uma escala colossal: a nota resultante é um si bemol 57 oitavas mais graves do que o normal.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Indícios de Vida em Marte



A NASA anunciou hoje que descobriram mais metano na atmosfera de Marte e que tudo indica que o gás foi produzido por bactérias no solo marciano.

A hipótese de o metano ser de origem vulcânica foi considerada como pouco provável, porque nenhum outro gás que geralmente é expelido durante as erupções vulcânicas foi encontrado.

Além disso, o metano foi detectado em três alturas diferentes de 2003 e 2008 e em regiões muito distintas.

Na Terra sabemos que o metano é produzido pelas bactérias metanogênicas e por isso espera-se que em Marte se encontre uma espécie de bactéria que possua as mesmas características.

A NASA anunciou também que o próximo robô a ser enviado para Marte em 2011 terá ao contrário dos anteriores, a capacidade de detectar metano e até bactérias que se alimentam de metano.

Caso as hipóteses tenham fundamento, será feita uma das maiores descobertas cientificas da história!

Em Rota de Colisão

Cientistas descobriram que a nossa galáxia, a Via Láctea, se encontra em rota de colisão com outra galáxia, Andrômeda, que possui duas vezes o tamanha da Via Láctea.

Sabe-se agora que estas duas galáxias se estão a aproximar a uma velocidade de 230 mil km/h e que actualmente se encontram a 2,3 milhões de anos-luz.

Embora se saiba que estas galáxias se estão a aproximar ainda não se sabe se elas irão colidir ou apenas interagir. Isto deve-se ao facto de tudo depender da velocidade transversal de Andrômeda que ainda é desconhecida. Caso esta seja suficientemente rápida, evitará o impacto com a nossa galáxia.

Caso haja uma colisão, esta fundirá ambas numa imensa galáxia elíptica.

No entanto, isto só acontecerá daqui a pelo menos dois bilhões de anos.