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Somos um grupo de alunos dedicado a divulgar as novidades no mundo da astronomia.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sondas procuram "Theia" para resolver enigma da Lua

A agência espacial americana, Nasa, informou que as sondas gémeas STEREO entraram em duas regiões misteriosas do espaço e tentam agora localizar o que restou de um antigo planeta que pode ter orbitado o Sol próximo à Terra. Se encontrar alguma coisa, os cientistas poderão resolver um dos maiores quebra-cabeças da astronomia: a origem da Lua.



"O nome do planeta é Theia", disse Mike Kaiser, cientista do projecto STEREO ligado ao Centro Espacial Goddard, da Nasa. "É um mundo hipotético, que nunca foi visto, mas alguns pesquisadores acreditam que existiu há 4.5 biliões de anos e pode ter chocado com a Terra, formando a Lua".

A "Hipótese de Theia" é uma ideia proposta pelos teóricos Edward Belbruno e Richard Gott, da universidade de Princeton e começa com a popular teoria de impacto para provar a origem da Lua. Muitos astrónomos acreditam que no início da formação do Sistema Solar, um protoplaneta do tamanho de Marte tenha chocado com a Terra. O material resultante da colisão, uma mistura de ambos os corpos, foi lançado para fora da órbita da Terra aglutinando-se, dando origem ao nosso satélite. Esse cenário explica muitos aspectos da geologia lunar, incluindo o tamanho e densidade do núcleo e a composição isotópica das rochas.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Telescópio Chandra regista um dos mais poderosos objectos da Galáxia

Quando se fala em galáxias, estrelas e universo, a primeira coisa que impressiona são os números verdadeiramente astronómicos relacionados a eles. São valores tão grandes que até para medi-los é necessário o uso de uma unidade também gigantesca, chamada ano-luz, equivalente a mais de 9 triliões de quilómetros. Algumas vezes, no entanto, deparamo-nos com objectos bastante pequenos, mas de energia tão intensa que fica difícil compará-los a algo conhecido aqui na Terra.



Um desses objectos é um pulsar de aproximadamente 1700 anos de idade localizado a 17 mil anos-luz da Terra. O objecto é realmente pequeno, com menos de 20 quilómetros de diâmetro, mas apesar das suas pequenas dimensões é responsável por uma gigantesca nebulosa de raios-x que se expande por mais de 150 anos-luz desde seu centro.

O pulsar em questão, conhecido como PSR B1509-58, é uma estrela de neutrões que tem rotação em velocidade muito alta, jorrando enormes feixes de energia ao redor do espaço, criando complexas e intrigantes estruturas. Na imagem mostrada, captada pelo telescópio espacial Chandra, os raios-x de menor energia são vistos em vermelho, enquanto os de média energia são destacados em verde e os mais energéticos em azul.

Uma estrela de neutrões é o que resta quando uma estrela de grande massa esgota seu combustível nuclear e desmorona, produzindo um núcleo muito pequeno e altamente denso. No caso de B1509, o seu período de rotação é de 7 revoluções por segundo, lançando energia ao seu redor a uma taxa realmente impressionante, provavelmente devido ao intenso campo magnético de sua superfície estimado em nada menos que 15 triliões de vezes o campo magnético da Terra.

A combinação da rápida rotação e do campo magnético ultra-intenso faz de B1509 um dos mais poderosos geradores electromagnéticos da Galáxia. Esse gerador produz um intenso vento energético de íões e electrões que se propaga pela nebulosa, ionizando o gás ao redor e produzindo a bela imagem no espectro dos raios-x, captada pelo telescópio espacial.