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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Telescópio detecta a maior explosão já vista no Universo


Com auxílio do Telescópio Espacial Fermi, cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, registaram a maior explosão de raios gama já observada no Universo. Segundo o anúncio, divulgado pela revista Science, a explosão bateu todos os recordes de intensidade, energia e deslocamentos já registados.

Baptizada GRB 080916C e detectada no espectro dos raios gama, a explosão foi registada em Setembro de 2008 na constelação de Carina e de acordo com os dados colectados foi equivalente a 9 mil super novas em explosão ao mesmo tempo.

A detecção ocorreu através do instrumento LAT (Large Area Telescope), a bordo do telescópio espacial Fermi e foi registada durante 100 segundos após o seu surgimento em 16 de Setembro de 2008, à 00h12 UTC. Trinta e duas horas depois, a equipa liderada por Jochen Greiner, do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre, da Alemanha, captou o evento em sete diferentes comprimentos de onda, através do telescópio de 2.2 metros do Observatório de La Sila, no Chile.

As observações permitiram à equipa de Greiner concluir que a explosão ocorreu a 12.2 bilhões de anos-luz da Terra e produziu pulsos de raios gama 99.99% da velocidade da luz.

"Estávamos á espera desse momento", disse Peter Michelson, principal cientista da missão Fermi junto à Universidade Stanford. "Emissões explosivas nestes níveis de energia são muito pouco compreendidas, e o telescópio Fermi é uma das ferramentas que temos para compreendê-las".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Estrelas engolidas por Buraco Negro



A agência espacial norte-americana, Nasa, divulgou no passado dia 6 uma imagem que retrata a poderosa intensidade do campo gravitacional de um buraco negro supermassivo. A cena retrata uma extensa faixa de poeira e gás deixada pela estrelas que foram capturadas pelo buraco negro.

A impressionante imagem mostra uma gigantesca esteira de raios-x, vista no lado superior esquerdo, que se expande por nada menos que 13 mil anos-luz desde o centro do buraco negro. Estimativas indicam que o brilhante material de poeira estelar se propaga no espaço com velocidade próxima de 150 mil quilômetros por segundo, equivalente a metade da velocidade da luz.

Na foto, as cenas de cor azul foram captadas pelo telescópio Chandra e mostram a região vista no comprimento de onda dos raios-x, enquanto as cenas de cor laranja foram registradas no espectro visível e infravermelho pelo telescópio APEX.

NGC 5128 Centaurus A
Centaurus A tem um tamanho estimado em 15 milhões de anos-luz de diâmetro e vista da Terra apresenta magnitude visual de 7.0, observável até mesmo com instrumentos de pequena potência.

O objeto é classificado oficialmente como uma "galáxia lenticular", uma galáxia com uma espécie de protuberância na região central e cercada por um disco estelar liso. Foi descoberta em 29 de Abril de 1826 por James Dunlop, mas apenas em 1952 os astrônomos confirmaram que Centaurus A era uma galáxia.

A galáxia recebeu o nome "Centaurus A" porque foi a primeira fonte de emissão de ondas de rádio descoberta na constelação nos anos de 1950 e é a "rádio-galáxia" mais próxima da Terra.

Observações feitas com radiotelescópios e telescópios infravermelhos indicam que há quinhentos milhões de anos NGC 5128 engoliu uma galáxia do tipo espiral e as emissões no espectro de radiofrequência são os efeitos desta colisão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Choque entre Satélites

No dia 10 de Fevereiro ocorreu algo de certo modo já esperado, dois satélites artificiais, um Norte-Americano e outro Russo colidiram violentamente no espaço.
A colisão deu-se a 790 quilómetros de altitude, sobre o nordeste da Sibéria e os destroços espalharam-se por uma área compreendida entre 500 e 1300 quilómetros de altitude.

Em 1991 e em 2005 existiram outras duas colisões, mas de proporções muito menores, pois envolviam apenas pequenos fragmentos isolados.
A poluição espacial tem vindo a aumentar, o que vai contribuir para que novos acidentes aconteçam. Antes do acidente existiam 18000 detritos espaciais e 24 horas depois do acidente foram contabilizados mais 600 novos detritos, número este que deverá ainda aumentar.
É de salientar que o telescópio Hubble encontra-se na área ocupada pelos detritos do acidente.

O lixo espacial é um problema crescente para todos os veículos em órbita, é importante termos consciência que a poluição espacial é tão importante que os outros tipos de poluição, temos de mudar as nossas mentalidades e procurar novas soluções para este problema que poderá vir a ser bastante prejudicial.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A música do Universo

Super-novas que gritam, estrelas percussionistas, buracos negros em si bemol… O universo está repleto de melodias!


As ondas sonoras não podem viajar no vácuo, mas o mesmo não acontece com as electromagnéticas, que inundam o universo e são captadas pelos cientistas com antenas de radioastronomia.
Quando esses sinais são traduzidos em ondas acústicas, podemos escutar os sons do cosmos.



Primeiras notas.



Ao traduzir para sons as flutuações do fundo cósmico de micro-ondas, remanescente da radiação do Big-Bang, obtém-se um ruído com um máximo de intensidade nos 220 Hz; um lá.


Dó de peito.


Mesmo antes de explodir, o núcleo de uma super nova moribunda vibra com tanta força que se criam, numa fracção de segundo, ondas acústicas de cerca de 260 Hz, o que corresponde a um dó médio.


O sole mio!




O sol canta. O campo magnético da sua coroa forma explosivos anéis de matéria quente. Esses caracóis gigantescos transmitem ondas de som como se fossem tubos de um órgão.



Grande Escala

Os buracos negros do grupo de galáxias de Perseu disparam jactos de gás que criam sons a uma escala colossal: a nota resultante é um si bemol 57 oitavas mais graves do que o normal.